segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Há tantas pessoas que trago de volta à memória... em sonhos, em pensamentos, músicas, cheiros e gostos talvez. Tenho sonhado muito com tudo o que eu mais desejo. E parece real. Sonhei que tacava tomates podres em uma multidão que me aplaudia...
Estou à espera de uma nuvem de chuva, daquelas escuras que podem cair a qualquer momento. Vai molhar o meu quintal e vai umidecer tudo o que está seco, morto e fim. Vou ficar olhando da janela, vou me sentar como se nada estivesse acontecendo. Vou esperar que tudo passe...
Porque as pessoas pensam que tudo o que escrevemos TEM que ser para o SER AMADO? Posso estar falando de amigos, pais, gatos, tartarugas ou até mesmo do meu facebook que anda deserto... não é necessariamente apenas o amor paixão que move os meus pensamentos... No amor vai tudo bem, obrigada! É que se tem a mania de apensa falar do que se sente no campo do amor... aquele amor ardente. Mas diga-se do amor família, do amor real vivido desde que se nasce. Do amor fraterno que se constroi na amizade. Amor, amor não apenas amor paixão.
E sinto falta disso... do amor verdadeiro que sê vê em pequenas coisas. Como no dia em que vi minha família se separar, toda. Entendi o que era amor... amor pode ser as pequenas coisas, mais simples, como seus pais estarem bem, um com o outro. Como ver sua mãe fazer o café da manhã e nem precisa de leite, pão... só aquele café, porque você sabe que ela fez para você. Como ver seu pai chegando do trabalho exausto mas com um enorme sorriso por te ver... Eu tenho sonhado com isso, tenho tido minha família imaginária em sonhos, outra vez. Tenho visto minha mãe a fazer o almoço como era antes... tenho visto meu irmão em casa, meu pai voltando da pesca... Tenho obsevado isso de longe, em sonho... Acho que encontrei uma forma de viver tudo o que tenho saudade.
Eu daria minha vida para viver só um dia, um dia como aqueles.

"Entenda as coisas que eu digo...
Não vire as costas para mim, porque eu passei metade da minha vida lá fora.
Você não faria diferente... Você me compreende? Você compreende? Você gosta de mim? Você gosta de mim ficando lá ?Você percebe? Você sabe? Você me compreende? Você me compreende?Alguém se importa? Infelicidade havia quando eu era jovem e nós não dávamos importância, porque nós fomos educados para ver a vida como diversão e levá-la se pudermos...
Minha mãe, minha mãe, ela me abraça. Ela me abraçou quando eu estava lá fora? Meu pai, meu pai, ele gostava de mim,Oh, ele gostava de mim, alguém se importa?
Entenda no que eu me tornei... esse não era meu projeto. E pessoas de todo lugar pensam alguma coisa melhor do que eu sou.
Mas eu sinto sua falta, eu sinto falta, porque eu gostava disso..." (Ode to my Family - The Cranberries)

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