sábado, 16 de junho de 2012

Eu realmente morri... ou renasci, sei lá.

Sempre fui totalmente contra esse lance de ficar revivendo ou se remoendo por coisas do passado. Acredito que o passado só tem um sentido em nossas vidas que é nos fazer pensar sobre o presente e evitar catastrofes no futuro. Pois bem, me desliguei totalmente. Aquela história de era uma vez uma menininha ficou no passado.
As músicas que eu ouvia antes, ainda ouço, mas não têm o mesmo sentido ou os meus tons, que agora são preto e branco. Deixo para colorir aquilo que me convém.

Mas, se por nostalgia ou saudade eu ficar no passado, será nos momentos bons em que eu perdi o folego de tanto rir. E tentando, remando, vou tentar trazer aquele riso para o presente e viver... é isso que eu quero para mim.

E lendo meu caderno, a que escrevo há pelo menos 10 anos e a que abandonei a pelo menos 3 eu li algo que escrevi, fora de mim, mas tão surpreendente:

"Vontade de fechar os olhos,
Imaginar um começo reiventando o fim...
De repente, encontrá-lo assim, cheio de sorrisos e abraços para mim.
E tudo o que eu mais quis em pensamento,
Era que aquele momento
Se transformasse em uma tarde sem fim..."

Eu não sou mais eu. Preciso da dor, do abandono para ter sensibilidade. Definitivamente, alguma mulher estranha tomou conta de mim...
Algo mudou... ou meu coração se congelou? As vezes as músicas não inspiram tantas palavras. As vezes me fazem perder o sono... e as fotos, essas fotografias... pinturas congeladas de um tempo que não volta mais... e o estranho é que eu não sei se isso é bom ou se é ruim. Essas fotos, esses sonhos desagradáveis... essa irresponsabilidade, a bebida, o cigarro, a maquiagem... tudo me distrói. Envelheço, me desconheço... desmereço o batom vermelho que antes me aquecia. Tudo está, definitivamente, no preto e no branco.



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