sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Então agora fica mais fácil escrever sobre sentimentos em um espaço que eu imagino ser só meu.

Quero recomeçar e não sei aonde parei. Tenho estado perdida em um auto útero sem sons e imagens e por fora apresento apenas uma personalidade criada para disfarçar o interior adormecido. Uma casca fantoche que responde automaticamente aos estímulos do cotidiano.

Eu não sei onde estou, onde sou.

Mas hoje... hoje alguma coisa me fez vir aqui. Alguma coisa hoje me fez ouvir repetidamente a mesma música, ascender meu incenso preferido e fechar os olhos. Hoje algo saiu de mim sem dor, sem lágrimas.


"Quando tudo está perdido sempre existe um caminho... 
Quando tudo está perdido sempre existe uma luz... Mas não me diga isso!
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira 
E quando chegar a noite 
Cada estrela parecerá uma lágrima..."

Mas não. Hoje não.  Hoje eu até estou com a vela acesa e um sentimento nostálgico de que estou novamente derramando o céu numa dose de vodka.
E giro... tento entender aonde parei de desenhar meu rosto nos sonhos de alguém. Em que ponto nos tornamos co autores das nossas tragédias? Sabe... Você deixa o casulo esperando algo bom e esquece o sorriso pra trás.

Nenhum comentário:

Postar um comentário