segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

E depois que você chegou, veio assim, um sorriso sem fim...

Não. Seria inútil descrever todas as formas de amor. Eu seria incapaz de dizer o que passei para chegar aonde cheguei, quem encontrei e quem me machucou.
Seria irrelevante te mostrar todos os cadernos que escrevi, quantas poesias eu li e quantas músicas escutei para assim me inspirar, sentir, respirar, olhar, enxergar e enfim, dizer sobre amor.
Seria demais mostrar cada pedaço do meu coração, que precisei catar pedaço por pedaço para juntar e só assim entender que de sorrisos se faz paixão... Seria muita perda de tempo tentar listar todos os dias, meses, horas que passei ouvindo a mesma música, fumando o mesmo cigarro e queimando o mesmo incenso.
Não... não acho que seria importante te dizer sobre minhas rimas não acabadas, sobre minha falta de interesse e sobre minha apatia diante de tudo de bom que acontece hoje... porque só hoje entendi a resposta de tudo aquilo que me perguntei antes de te conhecer.
Eu queria te mostrar meus livros rabiscados, minhas cifras reformuladas... meus cadernos que ainda estão guardados caso um dia eu tenha que mostrar e possa te mostrar o quanto te esperei.

Eu poderia ter escolhido, poderia ter apontado o dedo para quem eu quisesse... com meu perfume, com minha flor no cabelo, com meu batom vermelho e meu esmalte... com meu vestido de flor, com meu sorriso escancarado... eu podia, poderia, eu pude. Apontei para você, direcionei a você tudo aquilo que guardei... E depois que você chegou, veio assim, um sorriso sem fim... porque agora, pelo menos nesse minuto, não há motivos para chorar.
Eu poderia mas não quis. Essa de dedo podre eu havia me cansado... essa de conto de fadas, de menina boazinha e sofredora eu já vi demais em novelas. Resolvi vestir a verdade, resolvi encarar a realidade e posso dizer que hoje sou feliz.

E não espero nada em troca... só peço que me guarde e caso um dia não queira, não me deixe na beira dessa estrada que escolhi caminhar ao seu lado.
E não espero que corresponda na mesma proporção... afinal, não há contratos, não há vestígios do que se passa no seu coração.

E tento te dar provas, apenas isso... sem provar nada.
Tento apenas dizer o que eu acho que tenho que dizer... perdoe minha sinceridade, mas eu preferiro doer de verdade do que sorrir de mentira.

E como diria...
"Quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você goste de ficar?"


Apenas isso.

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